Grupo rorizista elabora, em reuniões no Park Way, estratégias para os próximos quatro anos.


Rorizistas pensam estratégia para próximos anos
em 23/11/2010 às 17:50

Quem acredita que o ex-governador Joaquim Roriz (PSC) se prepara para se aposentar depois das derrotas nesta eleição está enganado. Pelo menos é o que garantem aliados do ex-governador. Segundo eles, as reuniões com a equipe de articulação política continuam movimentando o Park Way e Roriz já deixou claro de que não tem pretensão de sumir do cenário e se dedidar apenas às suas vacas. As discussões são sobre como o grupo vai agir nos próximos quatro anos - principalmente porque o ex-governador conta com duas filhas e alguns aliados eleitos para a Câmara Legislativa e para a Câmara dos Deputados.

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Discreto durante a campanha rorizista, PR pode estar se juntando à base aliada de Agnelo Queiroz.


PR pode integrar base aliada
 em 23/11/2010 às 10:46

Ele sempre fez parte da base aliada do presidente Lula e, por conseqüência, da presidenta eleita Dilma Roussef. Mas, mesmo depois de conversas com o PT local, o PR acabou se aliando ao grupo do ex-governador Joaquim Roriz (PSC) e indicando o deputado federal Jofran Frejat como candidato a vice-governador em sua chapa. Perdida a eleição, o partido pensa em retomar suas origens. Aguarda uma oportunidade de conversa com o governador eleito Agnelo Queiroz para definir sua posição para os próximos quatros anos.

A expectativa é de o PR integre a base aliada a Agnelo. “A única certeza de que nós temos é de que, caso fiquemos mesmo na oposição, será uma oposição responsável e consciente. Criticando o que for errado, mas apoiando o que for certo”, antecipa o presidente regional do partido, Izalci Lucas, eleito para uma das vagas na Câmara dos Deputados. Reeleito para a Câmara Legislativa, o distrital Aylton Gomes também acredita em aliança com o PT. Tanto que dispensou a participação no bloco de oposição já formado na Casa e tem mantido conversas com demais aliados do futuro governo.

A verdade é que o PR não entrou de corpo e alma na campanha rorizista ao GDF, mesmo tendo um filiado de peso como candidato majoritário na chapa. Tanto Izalci quanto Aylton tiveram participação discreta na campanha. O pedaço do PR com Roriz era o deputado federal Jofran Frejat - que antes de fechar com o ex-governador chegou a ser cotado como vice de Agnelo. Sem mandato para os próximos quatro anos, Frejat diz estar tranqüilo quanto ao futuro. “Vou cuidar do meu escritório, para o qual não tive tempo nos últimos anos. E não terei dificuldades de ajudar o novo governo, caso seja necessária. Acredito que fomos adversários apenas na campanha. Agora queremos todos o bem de Brasília”, afirmou.

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Raad Massouh (DEM) é o mais novo integrante do recém-formado "bloco independente" na Câmara Legislativa.


Raad integra bloco independente
em 17/11/2010 às 16:14

Depois de PPS, PSB, PDT e PRB se reunirem em um bloco de apoio ao governo na Câmara Legislaiva, chegou a vez da oposição também consolidar o seu. O democrata Raad Massouh aceitou nesta quarta-feira (17) integrar um bloco “independente” na Casa, composto por Celina Leão (PMN), Olair Francisco (PTdoB) e Washington Mesquita (PSDB). O quarteto promete não fazer oposição por oposição neste novo governo. Mas, atuar de forma independente, como fiscalizadores do Executivo. O único porém no grupo é a posição de Raad. Sem a confirmação de Eliana Pedrosa no bloco, o DEM pode ter sua bancada rachada na Casa.

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Paulo Roriz, suplente de Eliana Pedrosa na próxima legislatura, se articula para que a deputada seja a indicada à vaga de Domingos Lamoglia no TCDF e ele possa assumir o mandato na Câmara Legislativa.


Uma conselheira e um distrital
 em 16/11/2010 às 18:42

Além da articulação para recuperar o prestígio do Democratas, que no Distrito Federal chegou a ter governador, vice-governador, presidente da Câmara Legislativa, senador, deputado federal e distrital, há dentro do partido uma outra movimentação mais discreta. Aliados do deputado Paulo Roriz (DEM), que não conseguiu se reeleger em outubro, vêm tentando emplacar o nome da distrital Eliana Pedrosa como indicação para o Tribunal de Contas do DF - na vaga que deve ser aberta caso o conselheiro afastado Domingos Lamoglia seja mesmo destituído do cargo ou na próxima aposentadoria do tribunal. Dessa forma, Paulo Roriz, que é primeiro suplente na coligação democrata, herdaria o mandato de Eliana.

As expectativas, porém, não são muito promissoras. A aposta no tribunal é de que a vaga só seja aberta no próximo ano, e a escolha ficaria então a cargo do novo governador Agnelo Queiroz (PT).

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Divisão democrata: Enquanto Adelmir Santana e Alberto Fraga se articulam pela presidência do partido e da formação de um bloco de oposição na Câmara Legislativa, Eliana Pedrosa tenta se unir a Filippelli através de Roney Nemer.


Democratas querem fortalecer legenda
em 16/11/2010 às 18:22

O presidente do DEM-DF, senador Adelmir Santana, vai promover uma reunião da executiva regional nos próximos dias para definir quais serão as estratégias do partido dentro deste novo cenário desenhado pelas eleições de outubro. As primeiras orientações sobre como o DEM deve se comportar saíram da reunião da executiva nacional ocorrida nesta terça-feira (16). Nela, a cúpula democrata negou as especulações de que a legenda se fundiria a outra e reafirmou a necessidade de fortalecer o partido em todo o país.

Até o dia 8 de dezembro, quando uma nova reunião da cúpula nacional foi marcada, os democratas querem organizar uma série de ações de recuperação de seus quadros e de sua militância. O cronograma de ações deve incluir ainda a escolha das novas executivas nacional e regionais.

A eleição dos novos dirigentes democratas no DF, aliás, pode marcar o estilo de oposição que o partido vai promover na capital. Adelmir Santana, o atual presidente, não sabe se vai concorrer à reeleição para o cargo. “Acabei de sair de uma eleição em que não fui vitorioso. Ainda preciso reunir minha equipe para decidir o que fazer”, explica. Por outro lado, o deputado federal Alberto Fraga, que também não foi vitorioso nas urnas, já revelou o interesse em se candidatar ao posto. Seu nome, porém, não é unanimidade na legenda.

Na semana passada, a deputada distrital Eliana Pedrosa, reeleita para a Câmara Legislativa, reuniu correligionários em sua casa para uma festa de congraçamento. Queria agradecer os votos obtidos e, como ela mesma definiu, levantar a autoestima do partido. “Fomos o segundo partido com maior número de votos na Câmara Legislativa e também o segundo partido com maior número de votos na legenda, perdendo apenas para o PT. Isso depois de um escândalo marcado como sendo de nosso partido. Temos muito o que agradecer”, argumentou.

A reunião de Eliana contou, porém, com duas ausências importantes: do persidente do partido e de Alberto Fraga. Adelmir Santana justificou a falta dizendo ter participado de reuniões perparatórias para uma viagem no dia seguinte ao do encontro. Já Fraga não teria dado explicações à colega democrata. “Para alguém que quer ser presidente do partido, ele perdeu uma ótima oportunidade de se aproximar ainda mais da militância”, provocou Eliana. A reunião da executiva do partido, pelo visto, promete ser animada.

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Deputados de oposição começam se organizar para a próxima legislatura e DEM, ao contrário do que pretende Alberto Fraga, pode se unir ao PMDB no DF.


Oposição começa a reunir força

O primeiro grupo de oposição que começa a se alinhar está surgindo do entendimento entre Washington Mesquita (PSDB), Olair Francisco (PTdoB) e Celina Leão (PMN). A expectativa é que essa turma ganhe reforço com a vinda da caçula do ex-governador Joaquim Roriz (PSC), Liliane Roriz (PRTB) e, quem sabe, seu companheiro de coligação Wellington (PSC). Por enquanto, segundo contam Washington e Celina, a formação ainda não está definida. Mesmo aqueles que se coligaram para viabilizar a eleição não dão garantias de estarem juntos. Passada a “via crúcis” da conquista do eleitor, agora algumas das pequenas coligações começam a se desfazer e dar lugar a novas alianças.

“Hoje eu estou muito próximo do Olair Francisco e da Celina Leão. A nossa composição está partindo para isso, mas está tudo em conversação, não tem nada ainda de martelo batido”, conta Washington Mesquita. Ele acrescenta a pretensão de seu grupo de chegar a uma formação de 4 ou cinco componentes. “Existem outras conversações. Como a gente ainda tem tempo, estamos em fase de composição. Mas nós três estamos bem alinhavados, falta só sacramentar”, comenta.

Celina Leão observa que é um momento de muita conversa. “Ainda falta muita coisa acontecer. Acho que os deputados novatos estão cheios de vontade de trabalhar e isso me une muito ao Washington e ao Olair. Vai ser, talvez, uma grande oportunidade de ter uma Câmara bem melhor”, acrescenta.

Celina defende que após a formação dos blocos, os grupos se reúnam para a elaboração de um pacote de medidas de mudanças a ser apresentado já no primeiro dia da legislatura. A parlamentar eleita defende também maior independência da Câmara e acredita que esse é um sentimento geral. “Eu tenho conversado com todo mundo e acho que essa é a nova frase de todos os parlamentares - uma maior independência do governo”, aponta.

A nova deputada reforça que esse não é um sentimento da Casa, mas é uma necessidade. “Realmente, a função do deputado distrital é fiscalizar e legislar, e não ser um apêndice do governo”, argumenta. Celina reforça que é obrigação dos parlamentares serem éticos e corretos, mas também precisam mostrar serviço. “Nós temos que trabalhar muito. A saúde acabou nesses últimos quatro anos e não tivemos um grupo que se colocou à disposição para abrir uma CPI da saúde. É isso que tem que começar a fazer, não é só ser ético. O transporte está ruim, a saúde está ruim, a educação também tem dificuldades, e temos que trabalhar por isso. Esse tem que ser o novo ‘time’”, conclui.

Para completar a organização da oposição, na quinta-feita (11) o ex-governador Roriz reuniu seu grupo e começou a arregimentar forças. Ele primeiramente conversou com seus assessores e com o grupo de políticos mais próximos e já se determinou a chamar os parlamentares para conversar.

Democratas e PMDB conversam para caminharem lado a lado

O Democratas e o PMDB ensaiam a aproximação no Legislativo local. Os primeiros contatos foram feitos entre a deputada Eliana Pedrosa (DEM), segunda melhor votada no DF, e o deputado Rôney Nemer (PMDB), que ficou de trabalhar pela aliança junto ao companheiro de partido Benício Tavares.

Do lado de Eliana, o companheiro Raad Massouh (DEM) precisa participar das negociações. Como ele sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) no início da semana, a conversação entre os dois partidos está paralisada. “O Rôney não pode conversar comigo sem o Benício e eu não posso conversar com ele sem o Raad”, comenta Pedrosa que afirma haver possibilidade de inclusão no grupo do deputado Dr. Michel (PSL).

Michel também está cotado para compor com Cristiano Araújo, mas ele não pronunciou ainda qual será sua definição. “Até o dia 31 de dezembro qualquer bloco pode ser mexido”, lembra Pedrosa. Informações do Jornal da Comunidade.

Da redação Blog em 15/11/2010 11:13:27
BLOG ESTAÇÃO DA NOTÍCIA

Primeiro encontro: Jaqueline Roriz (PMN) diz que fará oposição responsável e respeitosa, durante visita do governador eleito Agnelo Queiroz à Câmara Legislativa.


Primeiro encontro de adversários
em 11/11/2010 às 19:45

A visita de Agnelo Queiroz à Câmara Legislativa possibilitou o primeiro encontro formal do governador eleito com o grupo derrotado nas eleições e que pretende ser a oposição em seu governo. Presente na reunião de Agnelo com os distritais, a deputada Jaqueline Roriz (PMN), filha do ex-governador Joaquim Roriz e da adversária do petista nas urnas, Weslian Roriz, fez questão de discursar. Jaqueline reconheceu a vitória de Agnelo nas eleições, admitiu que ele será o governador de todos, mas avisou que fará, sim, oposição. “Uma oposição respeitosa e séria, de uma forma saudável e até necessária para um governo”, explicou a parlamentar, que se elegeu deputada federal.

Apesar de ter sido o primeiro encontro formal, esse não foi o primeiro contato entre representantes dos dois grupos. Após a eleição, Jaqueline ligou para o petista Paulo Tadeu, seu colega de Câmara Legislativa e que também será seu colega na Câmara dos Deputados. “Temos uma boa relação, construída ao longo desse mandato”, explicou.

Depois de seu pronunciamento, Jaqueline saiu elogiada pelos colegas petistas. O grupo considerou sua postura elegante e educada. Bem distante do clima acirrado entre os dois grupos durante a campanha.

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Dep. Celina Leão (PMN), eleita no último mês de outubro, se prepara para ser uma das mais atuantes parlamentares da futura legislatura e é indicada pela revista Playboy uma das três mais bonitas parlamentares do Brasil na atualidade.


Beleza na Câmara Legislativa
em 09/11/2010 às 20:17

Nem começou a trabalhar e a deputada distrital eleita Celina Leão (PMN) já levou um reconhecimento para a casa: foi considerada uma das três parlamentares mais bonitas do Brasil nesta nova legislatura. O título foi dado pela revista Playboy, que trará Celina e as deputadas estaduais Juliana Brizola, do PDT do Rio Grande do Sul e Raquel Lyra do PSB de Pernambuco, nesta edição de novembro.

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Enquanto Durval Barbosa espera parecer do TCDF sobre sua aposentadoria, Dep. Jofran Frejat (PR) tem pedido de aposentadoria deferido pelo tribunal.


TCDF autoriza aposentadorias
em 09/11/2010 às 15:32

Depois de disputar, e perder, o cargo de vice-governador do DF nas eleições de outubro, o deputado federal Jofran Frejat (PR) se aposentou. Mas apenas da vida de médico. O Tribunal de Contas do DF aprovou na semana passada seu pedido de aposentadoria da Secretaria de Saúde do DF, de onde Frejat é servidor concursado. Na vida pública, o parlamentar segue ativo. Tem inclusive um mandato de deputado para concluir até fevereiro de 2011.

O TCDF também aprovou o seguimento do processo de aposentadoria do delegado da Polícia Civil Durval Barbosa. O tribunal analisa a documentação apresentada pelo ex-secretário do GDF para confirmar se a aposentadoria pode, ou não, ser autorizada.

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Dep. Raad Massouh sofre AVC, mas já está sob cuidados médicos e sem risco de sofrer qualquer sequela.


Raad sofre AVC, mas passa bem
em 09/11/2010 às 15:10


Do Correio Braziliense: O deputado distrital Raad Massouh (DEM) sofreu, na noite de ontem, um acidente vascular cerebral (AVC). Segundo a assessoria de imprensa do parlamentar, ele passa bem, respira sem aparelhos, caminha e toma banho de sol. Não há previsão de alta, mas a expectativa é que o distrital deixe o hospital nesta quarta-feira (9).

A assessoria diz que Raad sofreu um AVC “leve”, por volta das 21h30, quando estava reunido com alguns assessores em sua casa. Ele foi encaminhado para o Hospital de Sobradinho, recebeu pronto atendimento, mas precisou ser transferido por falta de vaga na unidade de terapia intensiva (UTI). O distrital seguiu, ainda na madrugada, em uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital das Clínicas.

Atualização do blog: Segundo os médicos, o distrital está bem e não ficará com sequelas. De todo jeito, continuará no Hospital das Clínicas até sua total recuperação.

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* O Blog deseja a melhor e mais rápida recuperação ao nosso querido deputado Raad Massouh.

Agnelo Queiroz dá entender que Rogério Rosso lhe deixa uma "herança maldita", Rosso responde com transparência no governo de transição e Fraga aproveita da crise para se consolidar como líder da oposição ao novo governo.


Festa interrompida pela realidade
Agnelo Queiroz torce para que a atual administração entregue as contas públicas em ordem

A vitória de Agnelo Queiroz, antecipou a festa da militância petista no Distrito Federal, que foi mais cedo às ruas para também comemorar a vitória de Dilma Rousseff, mesmo em meio a uma apuração um pouco mais apertada. Mas passados os festejos, Agnelo já começa a discutir o formato de sua equipe e a se preocupar com os problemas que tem pela frente. Sua primeira tarefa é torcer para que a atual administração consiga controlar, em menos de dois meses, um mega-déficit orçamentário estimado em nada menos que R$ 800 milhões. Algumas medidas já foram tomadas, mas é certo que boa parte da plataforma eleitoral de Agnelo terá de ser adiada, em 2011, pela simples falta de recursos.

O GDF precisa passar as contas em ordem para Agnelo e será difícil. O atual governador, Rogério Rosso (PMDB) sabe disso e afirma que, desde abril, vem tomando medidas para contingenciar gastos e equilibrar as contas. Nesse enxugamento, vale até suspender programas. Outro corte, anunciado na sexta-feira, 5, irritou profundamente os deputados distritais. É que Rosso ordenou o corte no pagamento de todas as emendas parlamentares que ainda não haviam sido liberadas no orçamento de 2010 - a informação é da jornalista Paola Lima. Neste ano, cada parlamentar teve direito a indicar no orçamento do DF a quantia de R$ 6 milhões. As emendas quase sempre são direcionadas a atender reivindicações de bases eleitorais. Cortá-las é uma operação de alto risco, pois alguma animosidade por parte da Câmara Distrital pode atrapalhar o governo nesse momento delicado de encerramento de contas.

Rogério Rosso alega que o problema orçamentário do DF é estrutural. Como exemplo comenta que o orçamento é incompatível com a realidade de Brasília e que esse é dos grandes problemas do cotidiano da administração. “A nossa disponibilidade financeira não condiz com os planos de governo”, disse o atual governador ao “Correio Braziliense”, na semana passada. O Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) para 2011, que deverá ser votado até o dia 15 de dezembro, prevê o montante de R$ 25,67 bilhões, cerca de 13% maior que o deste ano. Segundo a avaliação prévia, tanto da equipe de Rosso quanto de Agnelço, esse orçamento poderá ser insuficiente para cobrir as despesas atuais e as mudanças prometidas pelo petista durante a campanha eleitoral.

Rosso rejeita a tese de herança maldita

Mas em vez de especular sobre o próximo ano, convém trabalhar com a emergência do momento atual. Durante reunião em que foi discutida a transição do governo, na quinta-feira, Rosso afirmou aos técnicos das duas equipes que o ajuste para se enquadrar na Lei de Responsabilidade Fiscal exigirá sacrifício de todos os setores. O primeiro deles, como se viu no caso das emendas parlamentares, foi na Câmara Legislativa. “Não queremos deixar esse descompasso para o Agnelo”, afirmou o governador.

O problema é que vários papagaios já estão pousados sobre a peça orçamentária do DF. O mais notório deles é o da folha de pagamento do funcionalismo. O orçamento prevê que a folha irá absorver a maior parte dos recursos estimados para 2011, nada menos que R$ 5,6 bilhões. Neste ano, o gasto com pessoal chegou à cifra de R$ 5,4 bilhões, o que estourou o atual orçamento - tanto que uma suplementação emergencial foi solicitada pelo governo e aprovada pela Câmara Legislativa: R$ 114,4 milhões para conseguir quitar a folha de pagamento de alguns dos órgãos da administração. Se em 2010, já foi assim, imagine no ano que vem, quando está previsto um reajuste médio de 7% para todas as carreiras públicas.

Todos esses problemas com a execução do orçamento acabam redundando na situação que mais irrita os contribuintes: as obras que estão em andamento (e todas as que foram prometidas no processo eleitoral) podem ficar suspensas por tempo indeterminado — aliás, nem tão indeterminado assim: basta que pingue dinheiro nos cofres das empreiteiras. Nesse pacote estão importantes investimentos em urbanismo, infraestrutura, saúde, educação e outras áreas. A cota orçamentária para esse capítulo foi estimado em R$ 2,32 bilhões. Será que vai sobrar para as obras? E o pior é que entre elas estão os preparativos para Brasília receber a Copa do Mundo de 2014. Só para a construção do Estádio Nacional de Brasília foi planejado o montante de cerca de R$ 150 milhões. Isso só do GDF, já que outros R$ 540 milhões devem ser investidos pela Terracap. A equipe de transição já fala em fazer empréstimos internacionais, aproveitando a brecha dada às cidades-sede para aumentar seu endividamento.

Alguém pode lucrar com a crise

As dificuldades financeiras do GDF se confirmando como primeiro entrave para Agnelo, mantendo-o preso ao dia-a-dia da administração e impedindo-o de desencadear ações de maior impacto, abrem campo para o crescimento da oposição. Entre as forças políticas que estão se preparando para capitalizar este mau momento está o DEM. Também na semana passada, o deputado federal Alberto Fraga afirmou que trabalha para ser o líder da oposição no Distrito Federal. Derrotado na disputa por uma vaga ao Senado e sem mandato a partir de janeiro, Fraga pleiteia o comando do DEM no DF como suporte para sua articulação. O atual presidente da legenda, senador Adelmir Santana, diz que o Democratas de Brasília aguarda a realização de duas reuniões para tomar alguma decisão. A primeira delas é com a cúpula nacional, agora com ascendência cada vez maior de Jorge Bornhausen. A outra é no próprio diretório regional da legenda, onde as arestas e postulações conflitantes poderão ser resolvidas.

Jornal Opção de Goiânia

O discurso moralista de Agnelo, adotado durante à campanha, já era. Petistas "graduados" envolvidos com corrupção e outros crimes são os primeiros indicados pelo governador eleito para cargos, já no governo de transição.


O PT e o risco da incoerência

Como tudo na vida, há o lado bom e o lado ruim também na vitória. E o PT começa a sentir na pele esses dois momentos. Conseguiu ser eleito para o governo do Distrito Federal com a bandeira da ética e transparência, e sabe que terá uma grande fiscalização durante os quatro anos do mandato. Mas começa a ser cobrado pelo discurso moralista.

Realmente, é de se estranhar que pouco tempo depois de anunciar que só teria “ficha limpa” em seu governo, Agnelo confirmasse o petista Raimundo Júnior como coordenador da transição. Raimundo não é condenado, mas possui uma lista generosa de complicações com a Justiça. Dentre elas, o mensalão do PT. Ele está, inclusive, inabilitado a assumir cargos públicos por causa de problemas na Secretaria de Trabalho durante o governo do então petista Cristovam Buarque.

Qualquer um se lembra das constantes acusações que o PT costuma fazer contra opositores, se respaldando na bandeira da ética e da moral. Há pouco tempo mesmo, durante a campanha eleitoral, afirmou que o então candidato Joaquim Roriz (PSC) era ficha suja. Agora vem o xis da questão. Assim como Raimundo Júnior, Roriz também não teve a sentença transitada em julgado.

Antes, Roriz era atacado pelos 144 processos que responde na Justiça. Agora Raimundo Júnior é o nome de confiança do PT na transição dos governos e não pode ser crucificado sem uma condenação judicial. E agora, PT? Quem é ficha suja? Os dois ou nenhum? O PT precisa se cuidar para não ficar conhecido como o partido das contradições.

Fonte: O Distrital

Agnelo Queiroz (PT) põe na coordenação da transição um petista envolvido com corrupção e já começa o governo enfrentando crise orçamentária no GDF e briga "mortal" por cargos.


Previsões nada animadoras para Agnelo

Incoerência em indicações de integrantes da equipe petista e déficit orçamentário antecipam problemas do novo governo eleito para comandar o DF

Mal acabaram as eleições e o governador eleito, Agnelo Queiroz (PT), já começa a ter problemas antes mesmo da posse. Por ter anunciado um governo ético e transparente, as cobranças ao futuro governador antecipam como será o mandato do petista. A indicação de Raimundo Júnior como coordenador petista da transição, a previsão do PT de que não conseguirá cumprir todas as promessas de campanha e, agora, o embargo das obras do estádio Mané Garrincha para a Copa de 2014 podem atrapalhar a popularidade do governador eleito.

O primeiro problema de Agnelo foi com a indicação de Raimundo Júnior como coordenador, por parte do PT, da transição do governo. O governador eleito declarou que só admitiria no novo governo pessoas com “ficha limpa”. Raimundo Júnior foi o coordenador da campanha eleitoral. O petista não pode exercer cargos em comissão. Ele foi inabilitado pelo Tribunal de Contas do DF por problemas na prestação de contas quando era diretor na Secretaria do Trabalho no governo de Cristovam Buarque. Segundo as denúncias, ele foi também um dos operadores do mensalão do PT, por ter aparecido na lista de sacadores de dinheiro do esquema de corrupção, entregue pelo empresário Marcos Valério à CPI dos Correios, em 2005.

Após a má repercussão na imprensa, o Partido dos Trabalhadores entrou em cena para administrar a crise. “Houve um mal entendido. O Raimundo Júnior é a pessoa incumbida, junto comigo e outros companheiros da coordenação, de garantir a estruturação da transição. Isso não quer dizer que ele será o coordenador da transição”, afirmou o vice-presidente do PT/DF, Abimael Nunes. No entanto, Raimundo Júnior afirmou que caberá a Agnelo decidir se ele será ou não coordenador da transição de governo.

O PT teve também de dar uma má notícia nos últimos dias. Após tomar conhecimento da situação fiscal do governo do Distrito Federal, o partido já vê alterações no programa de governo de Agnelo. Para se ter ideia, durante o período eleitoral Queiroz prometeu criar um policiamento inteligente, que necessitará de equipamentos de última geração e câmeras para monitorar todo o Distrito Federal, o que deve consumir parte significativa da verba do GDF. Já no restante do orçamento o dinheiro oriundo do próprio governo está praticamente todo comprometido com pessoal — R$ 5,6 bilhões — e custeio, R$ 5,9 bilhões. Outros R$ 2,3 bilhões ficarão para os investimentos e R$ 1,1 bilhão serão reservados para os demais gastos.

Do total de R$ 25,67 bilhões que o GDF terá em mãos para administrar o primeiro ano, R$ 8,74 bilhões vêm do Fundo Constitucional do DF, verbas repassadas pelo governo federal para as áreas de saúde, educação e segurança. O valor é menor do que os gastos previstos nas áreas, que giram em torno dos R$ 14,4 bilhões no próximo ano, o que representa mais da metade de toda a receita. O total de recursos disponíveis para 2011 é 13,5% maior que o de 2010.

Para conseguir colocar em prática as promessas, o novo governador precisará pedir a ajuda da bancada petista da Câmara Legislativa durante a votação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA), que deve ocorrer até 15 de dezembro. “Com certeza, faremos emendas, se for necessário, mas vamos construir uma proposta a favor do governo”, afirmou o deputado distrital reeleito Chico Leite (PT).

O orçamento da saúde e do transporte também promete dar dores de cabeça ao novo governo, que já assume com uma previsão de deficit de R$ 800 milhões nas contas do GDF — dívida que pode acabar ficando para Agnelo. “O rombo que temos hoje deve ser avaliado e é resultado de falta de planejamento. E, para evitar isso, temos que aprovar um orçamento real e compatível com os gastos previstos para 2011”, afirmou o deputado petista Cabo Patrício.

Planos para a Copa ameaçados

Para completar a lista das dores de cabeça do governo de Agnelo, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recomendou ao governo do Distrito Federal que rescinda contrato entre a Novacap e o Consórcio Brasília 2014 para a construção do Estádio Nacional de Brasília. A nova arena será erguida no local do antigo Mané Garrincha, com capacidade para 71 mil torcedores e um custo estimado de R$ 700 milhões, mas que pode chegar a R$ 1 bi. A obra é essencial para que Brasília continue na lista da Fifa (Federação Internacional de Futebol) para sediar a Copa de 2014. Ex-ministro do Esporte, Agnelo conta com a Copa como fonte de investimentos no Distrito Federal nos próximos quatro anos.

O Ministério Público pede que seja realizado novo projeto básico para a obra, com a diminuição da capacidade do local para 30 mil pessoas. Segundo a recomendação, a mudança do projeto atenderia às exigências da Fifa e reduziria o custo do investimento público. Mas o estádio não teria capacidade para receber a abertura da Copa, como deseja Brasília. De acordo com nota divulgada pela assessoria, o MP recomendou, ainda, que seja rescindido o convênio entre a Novacap e a Terracap, assim como revogada a licitação em andamento para a execução de serviços técnicos de gerenciamento da obra do estádio de futebol.

Por isso, o Conselho de Administração da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) decidiu suspender os repasses para a reforma do estádio. Os conselheiros tomaram como base recomendação do Ministério Público que considera irregular os repasses da Terracap para as obras. Para o MP, o papel da empresa é de aplicar recursos em infraestrutura urbana. Além disso, recomendou a rescisão do contrato entre a Terracap e as empresas reponsáveis pelas obras.

O governador do Distrito Federal, Rogério Rosso, do PMDB, afirmou que não tinha conhecimento de que o preço do estádio poderia passar da casa de R$ 1 bilhão. Segundo ele, quando assumiu o governo, em abril deste ano, o projeto já estava formatado e não havia prazo para mudanças. O presidente da Terracap, Dalmo Costa, afirma que vai tentar reverter a decisão do Conselho Administrativo da empresa para que as obras, que já foram paralisadas outras vezes por determinações judiciais, não atrasem ainda mais.

Fonte: O Distrital

Rogério Rosso, considerado como um dos herdeiros políticos de Joaquim Roriz, dá entrevista em que fala de sua relação com a família Roriz, dos seus planos a partir de 2011 e da possibilidade de se candidatar ao GDF em 2014 com apoio rorizista.


Confira entrevista exclusiva com Rogério Rosso

Fabio Grecchi e Maria Eugênia
redacao@jornaldebrasilia.com.br

Na varanda de sua casa, no Lago Sul, onde prefere despachar, o governador Rogério Rosso (PMDB) recebeu o Jornal de Brasília para falar o que fez até agora e quais são seus planos para 2011. À frente da transição para o governo do petista Agnelo Queiroz, que tem como vice Tadeu Filippelli (PMDB), Rosso conta que apoiou Weslian Roriz (PSC) "porque não é ingrato" e faz questão de lembrar que, naquela ocasião, as pesquisas mostravam que ela estava bem atrás: "Se pensasse em mim, no meu futuro político, seria mais fácil ter apoiado o Agnelo ou ficado neutro." Questionado se seria ele o herdeiro político dos votos dados a Roriz, o governador diz que a transferência não é natural e que é preciso conquistar os eleitores. Mesmo depois das eleições, ele ainda insiste em dizer que o PMDB deveria ter saído com candidatura própria, com Filippelli encabeçando a chapa, já que 500 mil votos não foram dados a nenhum candidato (brancos, nulos e abstenção), o que significa quase 30% do eleitorado. Neste conversa, ele mostra ainda os feitos de seu governo e se considera um governador-interventor, pois preferiu "fazer a gestão da crise e trabalhar pensando no futuro da cidade."


Esse processo de transição parece ter se tornado especial para o senhor...
Com certeza. Quando nós assumimos, a transição correu na velocidade da luz. Nós assumimos um trem andando, no escuro e sem maquinista. Tivemos que, ao mesmo tempo, garantir os serviços essenciais à população e fazer uma radiografia para sabermos o que planejar, para tomar decisões.

Foi difícil?
Muito... até que a gente tomasse pé de todo esse conjunto enorme de obras que estava sendo feito na cidade, até você saber a situação de cada uma, se foram regularmente contratadas, se tinha disponibilidade orçamentária, financeira, se estava empenhado ou não, se tinha licenciamento ambiental, se tem pendência estrutural. Para saber tudo isso eu criei alguns comitês para áreas prioritárias. E antes do primeiro turno das eleições, baixei decreto estabelecendo, pelo lado do GDF, algumas regras para a transição, independentemente de quem fosse eleito.

Por que tanto cuidado?
Justamente para mostrar, a quem saísse vencedor, a nossa disposição de fazer uma transição transparente. A ideia era começar a levantar e deixar para quem viesse a maior quantidade de informações disponível. Isso vai permitir que o próximo governador entre em 2011 com o pé no acelerador. E nós não queremos que o Agnelo passe pelo que passamos, de não ter informação, de ter que fazer uma radiografia rápida e ao mesmo tempo governar.

O senhor se considera mais um governador ou um interventor?
Os dois e, ao mesmo tempo, nenhum. Tivemos que tomar medidas como interventor, como auditorias nos contratos e procedimentos. Na área de Saúde, por exemplo, tivemos que reverter a lógica de abastecimento que vinha funcionando. Na verdade, se esperava acabar o medicamento, o material, para solicitar uma compra emergencial. Ou seja, mais caro e em baixo estoque. Só para aquele momento. Hoje, com planejamento, teremos até o final do ano uma economia de R$ 400 milhões. Isso vai ficar para o próximo governo. Nós, pegamos a rede totalmente desabastecida. Esse exemplo eu posso replicar em várias áreas. Então, me considero um governador-interventor.

Com relação ao orçamento, aliás, vocês estão com problemas...
É, nós pegamos um orçamento superestimado em detrimento da receita real. A Lei Orçamentária de 2010 foi superestimada, incompatível com a receita. Portanto, é regra da boa gestão fiscal contingenciar aquilo que não existe.

Esse dinheiro, então, não está aplicado. Ele não existe?
Temos que ter bem a clareza do que é orçamentário e do que é financeiro. Se eu coloco uma proposta orçamentária, com todos os programas e projetos de cada unidade, mas se o financeiro não é suficiente para executar tudo, como é que você vai fazer? Tem que se tomar alguma providência, de contingenciar, inclusive, a receita.

O senhor pode dar um exemplo?
O passe livre estudantil, que estava consumindo R$ 10 milhões por mês, enquanto no orçamento estava previsto uma despesa de R$ 16 milhões por ano. Tinha que tirar de algum lugar. Esse é um exemplo clássico de problema orçamentário, que conosco foi desde a manutenção do metrô, dos programas sociais, obras, manutenção de custeio de empresas estatais, pagamento de servidor. Portanto, o orçamento vigente foi, no mínimo, incompatível com as ações e programas do governo, o que nos obrigou a colocar um pé no freio e trabalhar com uma realidade. E o orçamento que nós elaboramos para 2011, vocês podem ter a absoluta certeza, está com o pé na realidade. Só na Saúde, ele está R$ 1 bilhão maior do que o deste ano, quase 30% a mais...

A transparência que o senhor decidiu adotar em relação à transição está relacionada ao fato de não deixar brechas para que o próximo governo o acuse de ter deixado uma herança maldita?
Não. É de mostrar a verdade. Eu não contingenciei o orçamento agora. Eu fiz quando eu entrei, em abril. Eu não determinei auditorias nos contratos agora. fiz quando eu assumi. Então, a decisão de fazer uma transição transparente é em homenagem à população. Ao contrário, a herança maldita orçamentária já existe, estamos convivendo com ela desde o início do nosso governo, que ainda precisou bancar despesas com servidores que não estavam previstas, porque a folha salarial do GDF teve um aumento no primeiro trimestre do ano de R$ 200 milhões. E tivemos que tirar de outro lugar. A minha preocupação é dar ao Agnelo condições para que ele tome as decisões acertadas e rápidas.

A pergunta foi porque no jogo político, quando as coisas começam a não dar certo, é mais fácil jogar a culpa no anterior...
Eu entendo a sua pergunta. Mas eu jamais fiz alarde em relação às coisas erradas que descobrimos aqui, aos problemas gravíssimos das obras paralisadas, à falta de planejamento em diversas áreas, escolhas equivocadas, na minha avaliação, como no caso do Hospital de Santa Maria. Eu não fiz isso, até porque esse não era o meu papel. O meu papel era de fazer com que a cidade continuasse na sua normalidade. Que a gente desse uma injeção de correição e de auditagem em todas as áreas de governo e garantíssemos a prestação do serviço em todas as áreas. Realmente, seria mais fácil empurrar esses problemas para debaixo do tapete. E foi uma decisão que nós tomamos em conjunto. Decidimos enfrentar. Eu poderia muito bem mandar os créditos para a Fácil do passe estudantil e ele consumir R$ 200 milhões esse ano. Mas preferimos mudar a lei, as regras do passe livre. Renegociamos contratos. Preferimos fazer a gestão da crise e trabalhar pensando no futuro da cidade.

Quais foram outras decisões do seu governo?
Teve a questão do Buritinga, por exemplo, que eu vi que o Agnelo vai continuar. Tomamos a decisão de devolver tudo para a Polícia Militar porque o local não servia para ser sede de um governo. E lá tinham milhares de servidores do GDF. Agora, só ficou um pedacinho da Secretaria de Justiça, que devemos retirar de lá até o final de dezembro. A questão do Hospital de Santa Maria. O contrato prevê um custeio de R$ 12 milhões por mês, o que representa quase 15% de quase todo o gasto com a rede. O contrato com o Hospital de Santa Maria foi muito mal feito, ao ponto de o GDF ter que entrar na Justiça para obrigar o atendimento à população.

Nesses contratos mal feitos o senhor detectou má-fé?
Olha, nós detectamos que talvez tivesse havido pressa. O emergencial, por exemplo, não pode virar padrão como virou para várias áreas. Eu só fiz uma compra emergencial até agora. Foi para a KPC, mesmo assim com autorização do Ministério Público por escrito. São procedimentos que nós adotamos e que deveriam ser mantidos. Muitas obras nós entregamos, e não fizemos nada. Nem sequer estive presente. Foi uma opção que fizemos para dar o exemplo à maquina do GDF, que ela tem de trabalhar para a sociedade e não para A ou B.

O senhor disse que faltou dinheiro para pagar a folha de pessoal. Mas, mesmo assim, chamou muitos concursados...
Chamei aqueles cujos concursos estavam vigentes e havia previsão orçamentária. Chamei porque eu entendo que quanto mais servidor público concursado, no lugar daqueles outros terceirizados, melhor. Inclusive, mais barato. É uma linha que nós adotamos como política.

O senhor tem algum arrependimento desde que decidiu disputar a eleição indireta?
Não. Mas acho que só tem noção da complexidade do que é um governo como o do Distrito Federal quem o está exercendo. Em condições normais já é um grande desafio governar uma cidade-Estado. Nas condições que nós recebemos foi um grande desafio. Eu não tenho arrependimento, até porque eu diria que foi um privilégio poder ajudar Brasília nesse momento.

Que desafios foram os maiores até agora?
Foram vários, como a área de Saúde Pública. Teve a questão do transporte, principalmente no que diz respeito à tarifa de ônibus. Travamos uma verdadeira batalha. Foram quatro anos sem aumento de tarifa, o que fez com que a pressão fosse muito grande, tanto das empresas quanto das cooperativas. Nos outros estados, tudo isso é planejado. Você tem, a cada ano, um aumento previamente estipulado, com base em índices oficiais. Aqui me parece que foram adotadas algumas medidas ao longo dos últimos anos visando uma eleição ou reeleição. Isso atrapalhou demais.

Por falar em arrependimento, o senhor se arrepende de ter apoiado Weslian Roriz?
Não, porque eu não sou ingrato. No domingo, quando teve a decisão da substituição da candidatura de Joaquim Roriz pela a de dona Weslian, eu fiz questão de ir na casa dela, no meu carro, eu dirigindo, prestar a ela o meu apoio pessoal. Afinal, foi ela uma das grandes incentivadoras para que eu ingressasse na vida pública. Eu trabalhava no setor privado, e ela e a Liliane (a filha mais nova do casal Roriz), madrinha do meu filho, comadre da minha esposa, minha comadre... Não tenho qualquer arrependimento. Sabia desde o início as dificuldades que isso poderia criar. Ela já estava em desvantagem, segundo as pesquisas. Seria muito mais fácil eu ter escolhido apoiar o Agnelo ou ficar neutro, se eu estivesse pensando em mim, em algum espaço político futuro. Mas, no momento que ela foi lançada, eu não poderia ter deixado de fazer o que eu fiz.

O senhor chegou a ser acusado de usar a máquina pública a favor da candidatura Roriz. Isso ocorreu?
Não. Ao longo de todo o processo a máquina não foi utilizada. Secretários e administradores que tinham preferência pelo candidato Agnelo não sofreram qualquer tipo de retaliação. A única coisa que não podia ser feito era a usar a máquina, era fazer campanha durante o horário de serviço. Não liguei e não pedi voto para ninguém do governo. Repito: foi uma decisão minha e pessoal.

O senhor acredita que por conta dessa estreita relação que tem com a família Roriz, para 2014 ...
2014 está muito longe...

... mas o senhor pode vir turbinado por eles num eventual processo eleitoral? O senhor trabalha para isso?
Hoje, eu trabalho para governar o Distrito Federal e fazer uma transição da qual, amanhã, todos nós possamos nos orgulhar por ter contribuído para uma normalidade no Distrito Federal...

... o senhor tem um futuro político...
As urnas mostraram que um terço da cidade tem uma fidelidade enorme ao governador Roriz, até pelo seu histórico de 14 anos de governo. Mas a identificação dessa população com uma nova liderança depende do trabalho do político, da pessoa que vai estar trabalhando. Na minha avaliação, não é de cima para baixo. É do eleitor para o político. Isso é um processo. Vamos relembrar que eu tentei fazer com que o PMDB lançasse uma chapa própria. Inclusive tendo o Tadeu Filippelli como cabeça de chapa. Porque ele sinalizava dentro do processo eleitoral que isso seria possível. Se a aliança PT-PMDB estivesse totalmente consolidada no momento da eleição indireta, da qual eu sai vencedor, teria se feito uma chapa PT-PMDB. Mas o PT fez a sua chapa, o PTB fez a sua, o PR e o PMDB fez a sua chapa também. Então a minha percepção é que existia um espaço no eleitorado para uma outra chapa. Talvez eu não estivesse tão enganado assim, porque foram 500 mil votos que foram brancos, nulos ou fruto da abstenção. Quinhentos mil votos num total de um milhão e oitocentos é muita coisa. Quase um terço dos votos não foi para ninguém. E é isso que eu procurei fazer, demonstrar ao PMDB.

O PMDB ficou pequeno para o senhor? Como será a sua relação com o partido agora?
Não. O PMDB é o maior partido do Brasil. Eu nunca tive outro partido que não fosse o PMDB, onde entrei em 2005. Sei que, obviamente, a minha posição não agradou e não agrada a parte do partido. Mas nacionalmente, o PMDB se posicionou de formas diferentes. Uma parte apoiava a Dilma, parte não apoiava. Outra parte apoiava a Marina Silva, parte não apoiava ninguém. Isso mostra que o partido é democrático, não déspota. Mas eu não penso partidariamente hoje. Hoje eu penso no Distrito Federal, e na sua população. A questão partidária, do que o PMDB pensa, é coisa do PMDB. Penso, então, só focar na governo, na cidade e na transição.

O senhor veio da iniciativa privada e parece que gostou muito da vida pública...
É totalmente diferente. Eu trabalhei em várias montadoras de automóveis. No início do mês você já sabe que tem de vender tantos carros, e todos os dias você tem um cronograma de acompanhamento e toda a estrutura da empresa trabalha para aquilo: vender o automóvel, gerar o lucro, pagar o salários dos empregados, para se perpetuar, para lançar novos produtos... No governo é diferente. Você precisa ser ágil, mas dentro da legislação que envolve tudo. Se você vai fazer uma obra, você tem que fazer o projeto, licitar, tem que ter as licenças ambientais. As coisas são naturalmente mais demoradas. No setor privado o objetivo é o lucro, no governo é a satisfação do serviço prestado. Mas é possível implementar um ritmo bom no governo, desde que você monte uma equipe que conheça profundamente a máquina; desde que você faça projetos que não serão questionados pelo Tribunal de Contas ou pela Justiça.

Falou-se muito sobre a sua discrição. Para alguns pareceu até pouco envolvimento. O senhor poderia falar um pouco disso?
Olha, no setor privado a gente trabalha muito em equipe. E eu trouxe isso aqui para o GDF. É um estilo que eu tenho. Não tomo decisões sozinho, não centralizo. Pelo contrário, até por confiar muito nas pessoas, eu prefiro acompanhar o que está acontecendo, dar as diretrizes maiores, e deixar equipes qualificadas exercerem as suas atividades. Talvez, nem todos tenham entendido isso.

Mas o seu governo não vai tratar só de transição, vai?
Não. Nós temos muitos projetos. Acabamos de protocolar junto ao Governo Federal demandas no valor de R$ 4 bilhões para serem investidos, pelo futuro governo, em mobilidade urbana. Expansão do metrô, ampliação de vias, VLT, VLP... Lançamos a reforma de 20 centros de saúde, obras previstas no orçamento deste ano...

O orçamento elaborado pela sua equipe, então, está aberto?
Estamos totalmente flexíveis. Além disso, ele ainda vai ser votado, vai ser discutido na Câmara, está sendo discutido. Está aberto porque durante a transição do Agnelo eles vão identificar, obviamente, programas que eles querem ter um aporte maior, menor. E o momento de aprovação do orçamento com o da transição se casam. Da nossa parte não seremos intransigentes em nada.

O senhor disse que gosta do planejamento da vida privada e gostou da vida pública. O que será de Rogério Rosso a partir de 1º de janeiro de 2011?
Primeiro, quero ter mais contato com meus filhos, com a minha família. Hoje, pouco eu os vejo. Segundo, quero retomar os meus estudos políticos. Sou advogado, quero me modernizar, aprimorar meu conhecimento em diversas áreas, inclusive em gestão pública. Mas quando, como e onde eu ainda não sei. Quero continuar a compor minhas músicas. Sou da geração de Brasília que, aos 14 anos, o que tinha para fazer era estudar e ir a show de banda de rock ou tocar numa banda de rock. Aí eu optei por tocar. Sou muito melhor músico do que político.

E politicamente?
Politicamente, é impossível você governar uma cidade, ainda mais em um momento como nós pegamos, num ambiente de grande desafio, você não ter atenção pela vida pública. É impossível. A vida política ela permanece, você entende? É normal.

E qual será o caminho que o senhor vai trilhar?
Bom, primeiro preciso de um momento de reflexão. E preciso arrumar um emprego. No setor privado fui assalariado, não sou empresário, sou advogado e preciso ter uma atividade remunerada.

O que o senhor espera do próximo governo?
Eu torço muito que o próximo governo dê atenção aos problemas reais da cidade, que são evidentes, transporte, saúde... Espero que o Agnelo crie, de fato, condições para a cidade. Mandei um projeto de lei para a Câmara que destina os recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) integralmente às regiões administrativas. Que elas ganhem com isso certa autonomia financeira para que, num futuro próximo, elas sejam autônomas administrativamente. Espero que ele dê continuidade a isso. Espero que ele não ignore a questão do Entorno. Não é possível administrar Brasília sem pensar nessa área metropolitana ao seu redor. Afinal, Brasília dorme de um tamanho e acorda de outro, bem maior. Quem ignorar isso vai falhar.

Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br

Rogério Rosso deixa claro que nao pretende deixar o PMDB por agora e que irá assumir o mandato de deputado federal, por um mês, com a saída de Filippelli da Câmara Federal.


Consolo na Câmara dos Deputados
em 05/11/2010 às 12:54

Mesmo com processo contra ele andando no Conselho de Ética do partido, o governador Rogério Rosso não tem planos de deixar o PMDB nos próximos meses. Ele pretende assumir, ainda que por somente um mês, o mandato de deputado federal que ficará vago com a posse de Tadeu Filippelli na vice governadoria do Distrito Federal. A chance de assumir o mandato relâmpago na Câmara dos Deputados era a única certeza de Rosso ao longo da campanha. Com Agnelo eleito, abriria-se a vaga de Filippelli. Com Weslian eleita, abriria-se a vaga de Jofran Frejat, seu candidato a vice, que conquistou a vaga de federal pelo PTB, na mesma coligação que o PMDB em 2006.

BLOG DA PAOLA LIMA

Alberto Fraga (DEM) quer se tornar líder da oposição a Agnelo Queiroz no DF e se organiza para tomar para si a direção do DEM no DF.


Democratas em reconstrução
em 05/11/2010 às 10:28

Depois do deputado federal Alberto Fraga (DEM) declarar, via coluna Do Alto da Torre na quinta-feira, que pretende ser o líder da oposição no Distrito Federal e, para isso, almeja a direção do Democratas na capital, o partido começa a se reorganizar. Ainda na primeira quinzena deste mês, o partido terá duas importantes reuniões: com a cúpula nacional democrata e, depois, com a executiva do DEM-DF. O presidente regional da legenda, senador Adelmir Santana, explica que nenhuma posição será tomada antes desses encontros. Mas as movimentações internas já estão em andamento.

BLOG DA PAOLA LIMA

Com coordenador de transição escolhido por Agnelo envolvido em escândalos de corrupção, PT já pensa em mudar coordenação de transição.


Swedenberg pode coordenar governo de transição

Com as suspeitas levantadas contra Raimundo Júnior, coordenador da campanha do governador eleito do DF Agnelo Queiroz, o nome do dentista Swedenberg Barbosa ganha força para assumir a coordenação do governo de transição e um lugar de destaque no GDF a partir de janeiro.

Barbosa é ex-membro é ex-membro do Conselho Nacional de Saúde. Na política, atuou como ex-secretário de governo na gestão de Cristovam Buarque (1995-1998). Ele ainda coordenou as duas últimas campanhas do ex-governador do DF. Ele é pós-graduado em Saúde Pública.

Da redação Blog em 04/11/2010 16:46:27 
BLOG ESTAÇÃO DA NOTÍCIA

Mesmo entregando o governo, o Governador Rosso não pára e autoriza reforma de 20 centros de saúde espalhados por todo o DF.


Rosso autoriza reforma em 20 centros de saúde

O governador do Distrito Federal, Rogério Rosso, assinou nesta quinta-feira (4), 20 ordens de serviço para a reforma em centros de saúde, totalizando R$ 20 milhões. O atendimento à população, no entanto, não será totalmente desativado. “Cada unidade terá um módulo ambulatorial instalado na própria área, a fim de receber os pacientes”, explica o subsecretário de Logística e Infraestrutura da Saúde, Antônio Henrique Moraes Rego.

Nos 20 centros de saúde que serão reparados (veja relação abaixo), o módulo ambulatorial contará com uma recepção e três consultórios, nas especialidades de Pediatria, Ginecologia e Clínica Médica. “Esses 20 centros são responsáveis por prestar serviços de saúde a 600 mil pessoas”, contabiliza Antônio Henrique.

Na segunda-feira (8), as empresas vencedoras das licitações – realizadas pela Secretaria Extraordinária de Logística e Infraestrutura da Saúde – começam a receber as ordens de serviço e deverão iniciar as obras 15 dias depois. Esse período servirá ainda para que os funcionários possam providenciar a mudança dos setores para outras unidades de saúde.

Mudanças na estrutura

As reformas dos centros de saúde incluem, em alguns casos, mudanças na estrutura arquitetônica, além de serviços nas instalações de eletricidade, água e esgoto, recuperação da alvenaria e pintura. “Temos centros bastante deteriorados. São construções antigas que precisavam de uma reforma urgente”, conta o subsecretário de Logística e Infraestrutura.

De acordo com Antônio Henrique, o gasto médio com cada uma das 20 reformas será de R$ 950 mil. As obras devem durar quatro meses e nesse tempo os servidores que não estiverem lotados no atendimento dos módulos ambulatoriais serão remanejados para outros postos. Os agendamentos, de acordo com o subsecretário, serão remanejados para os centros de saúde mais próximos da unidade que estiver em obras.

“O importante é que o atendimento aos pacientes não será interrompido, apenas remanejado para as unidades próximas, ou realizado no módulo ambulatorial, conforme o caso. Em situações de emergência, o paciente receberá o primeiro atendimento no módulo e será imediatamente encaminhado para o hospital da regional”, explica Antônio Henrique.

De acordo com o subsecretário, ao final das reformas os módulos instalados para o atendimento ambulatorial serão transformados na farmácia do Centro de Saúde, em conformidade com todas as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Informações da Agência Brasília


Centros de Saúde que serão reformados

Asa Norte – CS12 e CS13

Asa Sul – CS06

Brazlândia – CS 01

Ceilândia – CS02, CS03, CS06, CS07, CS09 e CS10

Cruzeiro – CS14

Gama – CS01, CS03, CS05

Planaltina – CS01

Sobradinho – CS01

Taguatinga – CS03, CS05, CS07, CS23


Da redação Blog em 04/11/2010 14:17:18
BLOG ESTAÇÃO DA NOTÍCIA

Começou mal: Coordenador de transição petista enfrenta processos por corrupção e envolvimento no chamado "Mensalão do PT".


Coordenador da transição responde processo no TC

Escolhido por Agnelo Queiroz para coordenar mudança de governos, Raimundo Júnior também esteve envolvido no mensalão do PT e está impedido de assumir cargo em comissão.

Raimundo Júnior é funcionário de carreira na Câmara Legislativa e coordenou a campanha e foi anunciado como coordenador da transição na mesma entrevista coletiva em que Agnelo prometeu um governo ético e com pessoas acima de qualquer suspeita. “Tem uma pessoa que vai ficar responsável por essa área agora que vai ser o Raimundo Júnior. [Ele] vai fazer o contato com a parte do governo, vai ver a parte física onde vai acontecer. Todas as providências serão tomadas que é ainda parte da minha coordenação”, afirmou o governador eleito. Informações do DFTV Globo.

O escolhido por Agnelo Queiroz foi um dos operadores do esquema de repasses de dinheiro para políticos, conhecido como mensalão do PT. Ele apareceu na lista de sacadores de dinheiro do esquema de corrupção entregue pelo empresário Marcos Valério à CPI dos Correios, em 2005. Na época, Júnior explicou que sacou R$ 100 mil no Banco Rural a pedido do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e que entregou o dinheiro a ele.

A CPI recomendou o indiciamento de Júnior, mas ele não chegou a ser denunciado pelo Ministério Público por não haver provas de que o dinheiro foi para benefício próprio. No processo que corre no Supremo Tribunal Federal ele aparece como testemunha.

Raimundo Júnior está impedido pelo Tribunal de Contas do DF de exercer cargos em comissão, mas recorreu da decisão. Ele teria cometido irregularidades na prestação de contas da Secretaria do Trabalho, onde foi diretor durante o governo de Cristovam Buarque. Amparado por liminar, ele foi secretário-executivo na vice-presidência da Câmara Legislativa por um ano e quatro meses. Só saiu em junho desse ano, poucos dias depois que o Tribunal negou o recurso a ele.

Ele também foi obrigado a pagar multa após outros dois processos. Em todos os casos, recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador teriam sido usados irregularmente para contratar sem licitação ou para pagar serviços não comprovados.

Após ser procurado pela reportagem, Raimundo Júnior não foi à reunião de transição com o governador Rogério Rosso e o secretariado, realizada nesta quarta-feira (3) no Palácio do Buriti. Ele tinha confirmado presença, mas esteve apenas numa reunião restrita com o coordenador da transição pelo atual governo, Geraldo Lourenço. Para a reunião com todo o governo, ficaram outros dois coordenadores de campanha, convocados na última hora por Agnelo.

“O negócio é que está havendo uma confusão as pessoas estão entendendo que o Raimundo Júnior será o coordenador da transição. Essa decisão ainda não foi tomada. O govenador vai chegar domingo, segunda -feira ele vai estar comunicando quem vai fazer parte da equipe de transição”, afirmou o presidente do PT-DF, Abimael Nunes. I

Da redação Blog em 04/11/2010 10:19:41 
BLOG ESTAÇÃO DA NOTÍCIA

Começam as chantagens: Jornalista ligado à campanha de Agnelo Queiroz é mais um envolvido em maracutaias e já sofre com perseguições de petistas.


Jornalista será próxima vítima do "fogo amigo"

Um jornalista da campanha do governador eleito do DF, Agnelo Queiroz, deverá ser a próxima vítima do chamado "fogo amigo". Tem até dossiê. O primeiro foi o coordenador da campanha de Agnelo Queiroz, Raimundo Junior, tido como personagem do mensalão do PT.

Carlos Honorato Blog em 04/11/2010 10:10:10
BLOG ESTAÇÃO DA NOTÍCIA

Veja quanto gastou cada um dos 24 deputados distritais eleitos para a próxima legislatura.


Prestação de contas dos deputados distritais

Gastos na campanha dos deputados distritais eleitos:


1) Cristiano Araújo (PTB) 901.953,72

2) Eliana Pedrosa (DEM) 822.450,00

3) Washington Mesquita (PSDB) 676.683,83

4) Chico Vigilante (PT) 598.928,39

5) Liliane Roriz (PRTB) 556.131,66

6) Benício Tavares (PMDB) 529.588,29

7) Rôney Nemer (PMDB) 392.078,08

8) Alírio Neto (PPS) 386.989,00

9) Arlete Sampaio (PT) 376.041,16

10) Chico Leite (PT) 310.250,00

11) Olair Francisco (PTdoB) 285.020,00

12) Celina Leão (PMN) 274.500,00*

13) Cláudio Abrantes (PPS) 253.766,89

14) Joe Valle (PSB) 245.515,06

15) Aylton Gomes (PR) 216.809,81

16) Agaciel Maia: (PTC) 214.450,00

17) Benedito Domingos (PP) 208.920,00

18) Raad Massouh (DEM) 129.845,00

19) Evandro Garla (PRB) 114.767,94

20) Cabo Patrício (PT) 114.735,06

21) Wasny de Roure (PT) 101.285,06

22) Dr. Michel (PSL) 61.582,47

23) Wellington Luís (PSC) 59.322,76

24) Israel Batista (PDT) 49.081,58

Total - 7.880.695,76

BLOG DA ANA MARIA CAMPOS

Hora da prestação de contas: Jaqueline Roriz (PMN) gasta bem menos que nomes emblemáticos da antes modesta esquerda do DF.


Gastos para se eleger deputado federal

Levando-se em conta os dados declarados à Justiça Eleitoral, os candidatos ao Senado, Câmara dos Deputados e Câmara Legislativa movimentaram R$ 29,5 milhões nas eleições deste ano.

Veja a lista dos candidatos a deputado federal que mais gastaram:

Luiz Carlos Pietschmann (PMDB) - R$ 2,4 milhões

Geraldo Magela (PT) - R$ 1,3 milhão

Ronaldo Fonseca (PR) - R$ 1,3 milhão

Paulo Tadeu (PT) - R$ 822,9 mil

Izalci Lucas (PR) - R$ 761,9 mil

José Messias (PCdoB) - R$ 710 mil

Veja quanto gastaram os demais candidatos a deputado federal que se elegeram:

Jaqueline Roriz (PMN) - R$ 687,9 mil

Érika Kokay (PT) - R$ 685 mil

Reguffe (PDT) - R$ 143,8 mil

Postado às 17h00
BLOG DA ANA MARIA CAMPOS

Enquanto o recém eleito Agnelo Queiroz reforça o pseudo-discurso da ética, na formação de sua equipe de transição tem político envolvido no escândalo do Mensalão do PT.


Mensaleiro

Tem personagem do mensalão do PT na equipe de transição do governo Agnelo Queiroz.

Carlos Honorato Blog em 02/11/2010 14:29:01
BLOG ESTAÇÃO DA NOTÍCIA

Com pelo menos 35% do eleitorado do DF fiel ao rorizismo, Roriz continuará dando as cartas em 2014.


2014: Será a mais disputada eleição, de todos os tempos, em Brasília

Quem hoje sorri e pensa: o rorizismo acabou. Roriz acabou. Deve ter pensado de forma mais partidária e menos realista. O rorizismo está mais vivo que nunca. Vejam que nessas eleições, após escândalos e mais escândalos que colocaram ou tentaram colocar Joaquim Roriz no centro de situações, no mínimo, constrangedoras perante à opinião pública, 35% do eleitorado brasiliense disse: "Sim! Eu acredito em Roriz". Quase 500 mil eleitores, apesar de toda a propaganda contrária, apesar de todo o clima desfavorável e das artimanhas usadas pela oposição petista para chegar ao poder, mais de um terço dos eleitores disseram NÃO ao PT. E isso é emblemático.

Nas próximas eleições podemos ter nada mais que cinco candidatos competitivos e com chances reais de suceder Agnelo Queiroz no GDF. Teremos o surpreendente Toninho do Psol, com seu eleitorado já cativo e podendo se transformar na nova estrela da esquerda de Brasília; Eliana Pedrosa do DEM, que poderá se unir novamente ao grupo rorizista, mas que é mais provável que aconteça que ela seja sim candidata do partido ao GDF, com uma plataforma parecida com a do ex-governador Arruda; Reguffe do PDT, um dos destaques dessa eleição, como o deputado federal mais votado, com mais de 230 mil votos é, sem dúvida, uma promessa para 2014; Agnelo Queiroz do PT, pode sim concorrer a reeleição, caso seu governo esteja bem avaliado até lá e, por fim, o nosso candidato ou candidata. O candidato do grupo rorizista que é um incógnita. Poderá ser Rogério Rosso, caso esse se desfilie do PMDB, hoje comandado por Filippelli, nosso arqui-inimigo. Poderá ser Jaqueline Roriz do PMN ou até mesmo Liliane Roriz do PRTB. O fato é que muito dificilmente o nome rorizista a disputar o GDF em 2014 não sairá desta lista tríplice. Rogério Rosso sai na frente por ter experiência de governo e ter demonstrado lealdade a Roriz nos momentos mais difíces. As filhas, Jaqueline e Liliane Roriz estão começando na vida pública, mas já demonstram seriedade e principalmente, vontade de continuar a obra do pai em Brasília. A continuidade do rorizismo está, além de vários outros políticos jovens e outros tantos mais experientes e que continuam leais a Roriz, nas mãos desses três. Um deles será o candidato de Roriz em 2014 e já sai com pelo menos 35% do eleitorado, o que em uma eleição disputada como será a de 2014, já é uma larga vantagem. Por isso digo aos rorizistas, o projeto 2014 já começou.

BLOG DO AZUL

Parcial e "vendido" como sempre, Correio Braziliense se esquece do futuro e tenta, sem sucesso, reforçar uma imagem de derrotado a Joaquim Roriz.


Após a derrota, casal Roriz se mantém em silêncio 

Casal Roriz não foi visto na residência do Park Way um dia depois do resultado do segundo turno eleitoral. Vice na chapa de Weslian ressalta a coragem da ex-primeira-dama em concorrer no lugar do marido

Juliana Boechat

“Eu não conheço o sabor da derrota”, repetiu o ex-candidato ao Buriti Joaquim Roriz ao longo dos primeiros três meses de campanha. Ao experimentar a sensação pela primeira vez, em quase 40 anos de vida pública, ele preferiu se calar. O mesmo fez a mulher e concorrente derrotada ao posto máximo do Executivo local, Weslian Roriz. No último domingo, o casal saiu de sua residência, no Park Way, apenas para votar, por volta das 14h30. Quando a apuração começou — e a derrota parecia inevitável —, os portões do amplo terreno da Quadra 8 foram abertos para militantes, eleitores e aliados políticos. Aos jornalistas, restou uma declaração de agradecimento e a promessa de fazer oposição ao próximo governo. O silêncio vindo da casa dos Roriz se manteve durante o dia de ontem.

O movimento em frente à residência foi fraco nesta segunda-feira. Pessoas próximas não souberam informar se Joaquim e Weslian Roriz estão em casa ou se foram para a Fazenda Palma, em Luziânia (GO). As filhas do casal, recém-eleitas para as Câmaras Legislativa e Federal, também não se pronunciaram. Liliane não atendeu e nem retornou as ligações. E, segundo a assessoria de imprensa de Jaqueline, ela não está em Brasília. Segundo o coordenador de comunicação da campanha de Weslian, Paulo Fona, a família está descansando. “Ontem (domingo) e hoje (ontem) são dias de descanso para eles e para toda a equipe de campanha. Eles não vão falar”, afirmou. Segundo Fona, a carta divulgada pela candidata derrotada diz o suficiente a respeito do sentimento e dos futuros passos do clã rorizista.

No texto de 36 linhas, Weslian explica que o grupo político comandado por Joaquim Roriz fará uma “implacável oposição” ao governo com alguns deputados eleitos na Câmara Legislativa. E ainda chama aliados dos petistas de traidores. “Concorri por amor ao Distrito Federal, porque não podia aceitar a vitória de quem só pensa em ardis, que se alia a traidores e a oportunistas de última hora”. Weslian e Joaquim fizeram um breve discurso no microfone aos visitantes que ocupavam a sala de estar e a varanda da casa no início da noite do último domingo. Pessoas próximas ao grupo contam que Roriz aparentava tranquilidade. Weslian, no entanto, falou com a voz embargada e se emocionou ao receber apoio de pessoas aparentemente tristes com o resultado.

Resignação

O vice de Weslian, Jofran Frejat (PR), chegou à casa dos Roriz após a confirmação do resultado e logo foi embora. “Foi muito rápido. Lá havia a sensação de que perdemos a eleição, mas não percebi sentimento de amargura. Quem entra em política sabe da possibilidade da derrota. O povo decidiu assim”, explicou ontem ao Correio. Para Jofran, a derrota deu-se graças a “várias pedras no caminho de Roriz” e à renovação do eleitorado. Apenas os mais fiéis teriam permanecido ao lado do ex-governador. “Sempre soubemos da dificuldade, mas não podemos deixar de levar em conta a coragem de dona Weslian de levar essa briga até o fim”, defendeu. O deputado federal amenizou o significado da derrota de Joaquim Roriz para o Distrito Federal. “Se ele tivesse se aposentado antes de concorrer essas eleições, não saberia o sabor da derrota. Mas ele lutou contra tudo e todos”, disse.

O discurso da vitória e da derrota de políticos é tradição no Brasil, além de ser uma forma de agradecer e dar satisfação ao eleitorado. Desde que assumiu a campanha, na última semana de setembro, Weslian mostrou-se uma mulher de poucas palavras. Durante o segundo turno, a inexperiência política da candidata fez com que os assessores — e até o próprio Roriz — blindassem-na de possíveis situações constrangedoras. Ela não participou de debates contra o adversário Agnelo Queiroz (PT), pouco discursou durante os eventos de campanha e mal respondia à imprensa. Conforme ganhou segurança com o curso de media trainning, Weslian se livrou das amarras para voar sozinha. Ao contrário dela, Roriz sempre fez questão de se posicionar em relação à campanha e a assuntos de interesse público. O baque dos últimos dias, no entanto, fez os dois se calarem.

Treinamento

O media trainning é um treinamento feito com pessoas que costumam falar em público, na frente das câmeras, ou ainda dar palestras e entrevistas com frequência. Com a mudança de candidatos no meio das eleições, a cúpula da Coligação Esperança Renovada contratou o marqueteiro Dimas Thomas, que guiou a campanha do ex-candidato Toninho do PSol na primeira fase do pleito. A ideia era incrementar os programas de televisão e melhorar a desenvoltura de Weslian. Após um mês, ela realizou um comício no Riacho Fundo 2 para saber se poderia participar do último debate antes do dia de votação. 

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