Durval nega versão de Naves
em 01/02/2010 às 9:24
Do iG: O ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, pivô do escândalo político no Distrito Federal, contestou a nova versão dada por José Luiz Naves para um maço de dinheiro vivo recebido e registrado em vídeo. A imagem, mostrada em primeira mão pelo iG no dia 28 de novembro de 2009, mostra R$ 40 mil sendo entregues a Naves, presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal até o início do escândalo. Naves disse em entrevistas aos jornais locais do Distrito Federal no fim de semana que o dinheiro era para as campanhas de Joaquim Roriz ao Senado e de Maria de Lourdes Abadia ao governo do DF. Naves afirma que ia “de 15 em 15 dias no escritório de Durval buscar dinheiro para bancar a logística da campanha”.
Há registros de dois encontros de Naves com Durval no inquérito da operação Caixa de Pandora. Naves é apontado por Durval como um operador do então deputado federal José Roberto Arruda no governo Roriz. Por causa de Naves, diz o inquérito, Arruda teria prometido nas eleições de 2006 que não haveria fatura mensal menor que R$ 5 milhões às empresas de informática quando assumisse o governo. Naves, à época, era o secretário de Planejamento. “Naves facilitava a liberação do dinheiro no orçamento”, diz o inquérito policial.
Depois de ler as entrevistas, Durval enviou um email ao jornalista Edson Sombra, amigo a quem confiou os vídeos do escândalo por segurança. A mensagem foi repassada à reportagem do iG no fim da manhã de domingo. Nela, Durval diz que a nova versão de Naves é cheia de “mentiras”.
O ex-secretário de Relações Institucionais afirma no email: “Ele (Naves) recebia dinheiro de propina de empresas de informática desde quando era secretário adjunto de planejamento, portanto a coisa é mais profunda. Nunca esses recursos foram para a campanha de nenhum candidato, pois Arruda não permitiria turbinar a candidatura de Maria de Lourdes contra si”.
Durval continua: “Naves chegava em meu gabinete sempre de posse de um extrato do BRB (Banco de Brasília), demonstrando sua preocupação com a possível execução de suas dívidas pois sempre gastava mais do que ganhava oficialmente. Era coisa de 60 a 70 mil. Se estava todo endividado como iria colocar em campanhas recursos de propina que já vinha de caixa de campanha. É só quebrar o sigilo bancário que comprovará o que estou dizendo”.
O jornalista Edson Sombra afirmou à reportagem do iG que Durval confidenciava a ele pressões de Naves por dinheiro. Procurado pelo iG, o ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal José Luiz Naves reafirmou as declarações que motivaram o email de Durval. Disse não saber que Durval fazia um - na sua opinião - “jogo duplo” para capacitação de recursos a José Roberto Arruda no governo Roriz. “Não conhecia Arruda. Só o conheci quando ele era governador eleito ao ser chamado para trabalhar em seu governo”, afirmou Naves.
em 01/02/2010 às 9:24
Do iG: O ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, pivô do escândalo político no Distrito Federal, contestou a nova versão dada por José Luiz Naves para um maço de dinheiro vivo recebido e registrado em vídeo. A imagem, mostrada em primeira mão pelo iG no dia 28 de novembro de 2009, mostra R$ 40 mil sendo entregues a Naves, presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal até o início do escândalo. Naves disse em entrevistas aos jornais locais do Distrito Federal no fim de semana que o dinheiro era para as campanhas de Joaquim Roriz ao Senado e de Maria de Lourdes Abadia ao governo do DF. Naves afirma que ia “de 15 em 15 dias no escritório de Durval buscar dinheiro para bancar a logística da campanha”.
Há registros de dois encontros de Naves com Durval no inquérito da operação Caixa de Pandora. Naves é apontado por Durval como um operador do então deputado federal José Roberto Arruda no governo Roriz. Por causa de Naves, diz o inquérito, Arruda teria prometido nas eleições de 2006 que não haveria fatura mensal menor que R$ 5 milhões às empresas de informática quando assumisse o governo. Naves, à época, era o secretário de Planejamento. “Naves facilitava a liberação do dinheiro no orçamento”, diz o inquérito policial.
Depois de ler as entrevistas, Durval enviou um email ao jornalista Edson Sombra, amigo a quem confiou os vídeos do escândalo por segurança. A mensagem foi repassada à reportagem do iG no fim da manhã de domingo. Nela, Durval diz que a nova versão de Naves é cheia de “mentiras”.
O ex-secretário de Relações Institucionais afirma no email: “Ele (Naves) recebia dinheiro de propina de empresas de informática desde quando era secretário adjunto de planejamento, portanto a coisa é mais profunda. Nunca esses recursos foram para a campanha de nenhum candidato, pois Arruda não permitiria turbinar a candidatura de Maria de Lourdes contra si”.
Durval continua: “Naves chegava em meu gabinete sempre de posse de um extrato do BRB (Banco de Brasília), demonstrando sua preocupação com a possível execução de suas dívidas pois sempre gastava mais do que ganhava oficialmente. Era coisa de 60 a 70 mil. Se estava todo endividado como iria colocar em campanhas recursos de propina que já vinha de caixa de campanha. É só quebrar o sigilo bancário que comprovará o que estou dizendo”.
O jornalista Edson Sombra afirmou à reportagem do iG que Durval confidenciava a ele pressões de Naves por dinheiro. Procurado pelo iG, o ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal José Luiz Naves reafirmou as declarações que motivaram o email de Durval. Disse não saber que Durval fazia um - na sua opinião - “jogo duplo” para capacitação de recursos a José Roberto Arruda no governo Roriz. “Não conhecia Arruda. Só o conheci quando ele era governador eleito ao ser chamado para trabalhar em seu governo”, afirmou Naves.
BLOG DA PAOLA LIMA
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