Segundo a PF, Arruda chefiava quadrilha responsável por desvios de dinheiro público e tráfico de influência.


Esquema no governo Arruda
em 25/08/2010 às 10:47

Matéria do DFTV explica o esquema de corrupção comandado pelo ex-governador José Roberto Arruda (sem partido) e assessores próximos:

O relatório da Polícia Federal tem 93 páginas e aponta o ex-governador José Roberto Arruda como chefe de uma organização criminosa. Além do papel do ex-governador, o documento detalha a participação de nove pessoas no suposto esquema. A maioria delas fez parte do alto escalão do GDF no governo passado.

São eles: Omézio Pontes, ex-assessor de imprensa; Domingos Lamoglia, conselheiro afastado do Tribunal de Contas; José Geraldo Maciel, ex-chefe da Casa Civil; Roberto Giffoni, ex-corregedor; Ricardo Penna, ex-secretário de Planejamento; Fábio Simão, ex-chefe de gabinete de Arruda; Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais e delator do mensalão e Marcelo Toledo e Luiz Paulo Costa Sampaio.

No relatório, a Polícia Federal pede autorização para abrir investigação individuais sobre cada um dos citados, para se aprofundar na apuração de indícios de enriquecimento ilícito, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Grifo partes relevantes da reportagem:

Sete empresas são citadas no relatório. Segundo as investigações, elas abasteciam sistematicamente a alta cúpula do governo com dinheiro, que era dividido de acordo com o cargo de cada um.

Segundo a Polícia Federal, as empresas que abasteciam o esquema eram contratadas sem licitação e com preços superfaturados. Elas pagavam 10% do valor de cada contrato a título de propina.

De acordo com o denunciante do esquema, Durval Barbosa, o rateio da propina seguia uma regra: 40% iam para o secretário da pasta em que o contrato foi assinado; os 60% restantes eram divididos entre o então governador José Roberto Arruda e assessores próximos.

O dinheiro também era usado para pagar parlamentares que apoiavam o governo na Câmara Legislativa. Só para os deputados, a arrecadação mensal de propina era de R$ 600 mil.

O delegado responsável pelo caso pede novas investigações com o objetivo de localizar investimentos em imóveis e aplicações financeiras dos envolvidos para garantir a devolução do dinheiro supostamente desviado.

Com base no relatório da Polícia Federal, o Ministério Público vai decidir se oferece denúncia contra os citados ao Superior Tribunal de Justiça. Quanto aos deputados distritais, o relatório não incrimina ninguém.

Roberto Giffoni disse, por telefone, que não participou de nenhum esquema e que atuou sempre dentro das suas atribuições. José Roberto Arruda, José Geraldo Maciel, Ricardo Penna, Omézio Pontes, Domingos Lamoglia e Fábio Simão não foram encontrados.

BLOG DO LÍVIO DI ARAÚJO

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