por FERREIRA FERNANDES

Na semana passada, Liliane Roriz escreveu no Twitter: "Meu pai, Roriz, lança minha mãe, Weslian Roriz, como candidata a governadora do Distrito Federal. Vamos eleger uma mulher guerreira!!!"

A alternativa era eleger o pai, Joaquim Roriz, que já foi governador do Distrito Federal (Brasília), foi fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) e hoje é do pequeno Partido Social Cristão. Joaquim Roriz, que se recandidatou a governador, foi impugnado e passou para a mulher os votos que terá no domingo: "O povo de Brasília me honrará, elegendo minha amada mulher."

A foto e o nome do boletim de voto ainda serão os de Joaquim. Esta coligação político-conjugal é comum no Brasil e os Roriz só foram mais rápidos que outros casais em potencial auto-ajuda.  Votem em mim, votando nela, não é, afinal, o que se passa com Lula da Silva e Dilma Roussef? Este imbróglio familiar só vem sublinhar a pouca importância que têm as siglas e os programas dos partidos nas eleições brasileiras - vota-se em caras, e caras que prolongam muitas vezes clãs e famílias. 

Diário de Notícias de Portugal