Ex-governador diz que não conseguiu votar para presidente e ameaça impugnar urna de colégio no Núcleo Bandeirante

Fred Raposo, iG Brasília

Foto: Fellipe Bryan Sampaio

A candidata ao governo do Distrito Federal, Weslian Roriz (PSC), faz o sinal da vitória após votar em colégio no Núcleo Bandeirante, em Brasília

A polêmica que marcou a eleição pelo governo do Distrito Federal foi levada às urnas na tarde deste domingo. Depois de acompanhar a votação de sua mulher e postulante ao Palácio do Buriti, Weslian Roriz (PSC), o ex-governador Joaquim Roriz, teve problemas para votar no colégio Salesiano, no Núcleo Bandeirante, em Brasília, e ameaçou impugnar a urna.

Após doze segundos atrás da cabine de votação, Roriz reclamou de não ter aparecido sua foto na tela. Apesar de receber a confirmação do mesário de que ambos os votos haviam sido confirmados, o ex-governador afirmou que não conseguiu votar para presidente.

“Eles que têm que esclarecer para mim. Eu votei, confirmei e não apareceu o nome e a foto do candidato”, exclamou Roriz. “Nem sequer votei para presidente. Está impugnada a urna”.

O advogado do ex-governador, Eládio Carneiro, afirmou que a dificuldade foi registrada em ata, pela Justiça Eleitoral, mas que a campanha de Weslian ainda analisará se fará ou não o pedido de impugnação.

Eládio disse ter recebido reclamação de eleitores de Roriz que teriam tido problema similar em outras zonas eleitorais. “Aconteceu com outras pessoas em São Sebastião, Ceilândia e Paranoá. É um sistema que também tem falhas”, ressaltou o advogado.

A juíza eleitoral responsável pela fiscalização das urnas no colégio Salesiano, que não quis se identificar, disse que Roriz “deve ter votado rápido demais” e que não “percebeu” as informações sobre os candidatos. O promotor eleitoral Daniel Faria afirmou que a urna não foi impugnada e que os votos de Roriz foram computados.

O “casal 20” – uma referência ao número da candidata do PSC – chegou às 14h45 ao Centro de Ensino nº1, no Núcleo Bandeirante, onde Weslian vota. Eram escoltados pela filha Liliane Roriz, eleita deputada distrital, e por uma “torcida organizada” de militantes rorizistas.

Weslian não enfrentou filas e demorou 14 segundos na cabine de votação. No primeiro turno, a candidata levou cerca de um minuto e trinta segundos na urna, pois esqueceu de confirmar o voto para presidente. Apesar de aparecer atrás do rival, Agnelo Queiroz (PT), nas pesquisas de opinião, ela se disse “confiante” de que vencerá a eleição.

O casal foi vaiado ao deixar o colégio. Depois, Roriz seguiu para votar no Salesiano, que fica a cerca de cem metros do Centro de Ensino nº1. Na saída de Roriz, houve um princípio de confusão entre militantes petistas e rorizistas, logo dispersada por policiais militares.

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