PF investiga uso de caixa 2 em campanha
Fabiana Pulcineli, de O Popular
O jornal O Estado de S.Paulo divulgou ontem novas gravações telefônicas de inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que mostram movimentação do senador Marconi Perillo (PSDB) para pagar dívidas de campanha de aliados em 2006. As provas levantam a suspeita de uso de caixa 2 e compra de apoio político.
As conversas foram gravadas pela Polícia Federal, com autorização judicial, e fazem parte de inquérito que tramita no STF desde 2008. Na relação de candidatos que teriam contado com recursos do senador estão vereadores e deputados federais e estaduais.
Segundo a apuração, Marconi fez empréstimos para repassar recursos a aliados. Entre os supostos beneficiários foram citados o suplente de deputado estadual Nédio Leite (PP), além de Francisco Oliveira (PSDB) e Pedro Canedo (PP), que não conseguiram vaga na Câmara dos Deputados.
As gravações mostram ainda o envolvimento de Lúcio Fiúza, coordenador financeiro da campanha. Ele conversou, segundo a matéria, com “pastor evangélico identificado como César”, a quem teria solicitado recursos.
Além disso, o inquérito apura o uso da máquina pública na campanha. O senador, à época candidato, teria utilizado aviões e helicópteros do governo para viagens ao interior e até a Búzios e Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Em uma das gravações, o senador disse que pararia de utilizar os aviões: “Podem usar isso no futuro”. Ele teria contado ainda com serviço de policiais militares pagos pelo Estado para fazer sua segurança pessoal.
O senador não falou ontem com jornalistas. A assessoria de imprensa anunciou que ele teria feito uma nota, reproduzida em nove posts no Twitter. O POPULAR tentou falar no celular do tucano, para saber mais detalhes de sua defesa, mas ele não atendeu.
O senador afirmou ter provas – sem apresentá-las – de que não cometeu nenhuma ilegalidade. Ele disse esperar notificação da Justiça para responder. Ele estranhou o fato de o governador Alcides Rodrigues (PP) não ter aparecido na matéria, sugerindo interesses políticos na divulgação de gravações do processo, que corre em segredo de justiça.
“A matéria no Estadão é café requentado. Não traz nada de novo. Reproduz matéria veiculada na revista Época há três 3 anos”, disse. Ele refere-se a reportagem de maio de 2008, quando a revista mostrou que o Ministério Público Federal fez denúncia contra ele e Alcides por formação de quadrilha, peculato, caixa 2, uso da máquina pública e utilização de notas frias.
Os processos, porém, foram separados em agosto do ano passado, por decisão do STF. Alcides passou a ser investigado no STJ. “Não houve utilização de aeronaves públicas e seguranças estavam de licença ou de férias. Quantos aos empréstimos, estão na minha declaração de imposto de renda”, disse o senador.
Da Redação, Blog em 29/01/2010 - 07:24:58
Fabiana Pulcineli, de O Popular
O jornal O Estado de S.Paulo divulgou ontem novas gravações telefônicas de inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que mostram movimentação do senador Marconi Perillo (PSDB) para pagar dívidas de campanha de aliados em 2006. As provas levantam a suspeita de uso de caixa 2 e compra de apoio político.
As conversas foram gravadas pela Polícia Federal, com autorização judicial, e fazem parte de inquérito que tramita no STF desde 2008. Na relação de candidatos que teriam contado com recursos do senador estão vereadores e deputados federais e estaduais.
Segundo a apuração, Marconi fez empréstimos para repassar recursos a aliados. Entre os supostos beneficiários foram citados o suplente de deputado estadual Nédio Leite (PP), além de Francisco Oliveira (PSDB) e Pedro Canedo (PP), que não conseguiram vaga na Câmara dos Deputados.
As gravações mostram ainda o envolvimento de Lúcio Fiúza, coordenador financeiro da campanha. Ele conversou, segundo a matéria, com “pastor evangélico identificado como César”, a quem teria solicitado recursos.
Além disso, o inquérito apura o uso da máquina pública na campanha. O senador, à época candidato, teria utilizado aviões e helicópteros do governo para viagens ao interior e até a Búzios e Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Em uma das gravações, o senador disse que pararia de utilizar os aviões: “Podem usar isso no futuro”. Ele teria contado ainda com serviço de policiais militares pagos pelo Estado para fazer sua segurança pessoal.
O senador não falou ontem com jornalistas. A assessoria de imprensa anunciou que ele teria feito uma nota, reproduzida em nove posts no Twitter. O POPULAR tentou falar no celular do tucano, para saber mais detalhes de sua defesa, mas ele não atendeu.
O senador afirmou ter provas – sem apresentá-las – de que não cometeu nenhuma ilegalidade. Ele disse esperar notificação da Justiça para responder. Ele estranhou o fato de o governador Alcides Rodrigues (PP) não ter aparecido na matéria, sugerindo interesses políticos na divulgação de gravações do processo, que corre em segredo de justiça.
“A matéria no Estadão é café requentado. Não traz nada de novo. Reproduz matéria veiculada na revista Época há três 3 anos”, disse. Ele refere-se a reportagem de maio de 2008, quando a revista mostrou que o Ministério Público Federal fez denúncia contra ele e Alcides por formação de quadrilha, peculato, caixa 2, uso da máquina pública e utilização de notas frias.
Os processos, porém, foram separados em agosto do ano passado, por decisão do STF. Alcides passou a ser investigado no STJ. “Não houve utilização de aeronaves públicas e seguranças estavam de licença ou de férias. Quantos aos empréstimos, estão na minha declaração de imposto de renda”, disse o senador.
Da Redação, Blog em 29/01/2010 - 07:24:58
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