Editorial: Edson Sombra escreve sobre a candidata Weslian Roriz (PSC) e a reviravolta que sua candidatura provoca nas eleições desse ano no DF.


Filhos de chocadeira?

Não é novidade alguma a possibilidade da esposa de um conhecido político ingressar na vida pública. Todo mundo está cansado de saber a trajetória de uma das mulheres mais importantes da história recente da humanidade: a saudosa Eva Peron. A discrição aliada à forte personalidade fez com que Evita, casada com Juan Peron, caísse nas graças do povo argentino. E há casos e casos semelhantes...

Angela Amin hoje, em Santa Catarina, lidera todas as pesquisas de intenção de voto para o governo do Estado. A candidata ingressou na política incentivada também pelo marido, o ex-governador Esperidião Amin. Rita Camata, dona Íris de Araújo e até Hillary Clinton foram outras mulheres que deixaram o conforto da sombra dos maridos para assumir oficialmente o compromisso com o povo.

Mas, em Brasília, a decisão incomoda. O estigma fez com que Roriz sempre fosse bombardeado com qualquer anúncio que fizesse. Se anunciasse ser candidato, era criticado. Se vencesse, era criticado. Se apoiasse alguém, era criticado. Sempre foi assim. Roriz é liderança forte no Distrito Federal. Muito dessa força vem do poder de saber tomar decisões importantes em momentos oportunos.

As severas críticas feitas à candidatura de dona Weslian Roriz são esperadas, mas com vida útil breve. Todos e eu, melhor do que ninguém, sabemos que trata-se de mulher íntegra, respeitada e que sempre foi leal não apenas ao marido, mas principalmente aos valores religiosos e familiares. Sem dúvida, uma qualificação e tanto para quem pode governar o Distrito Federal.

Quem gasta munição contra uma pessoa assim não sabe, no mínimo, o valor de uma mulher. Não teve dentro de casa a formação com uma mãe presente, que sempre apoiou o marido, não apenas na hora da vitória, mas principalmente na hora do aperto. Quem desmerece e minimiza a decisão de dona Weslian de assumir essa briga para si é, quem sabe, fruto de uma experiência razoavelmente mal-sucedida de reprodução humana, simplesmente por não correr nas veias o real significado da palavra amor.

Fonte: O Distrital
BLOG DO SOMBRA

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