Agnelo "Shaolin" na mira de Roriz: Advogados da Coligação Esperança Renovada pedem a impugnação da candidatura do petista Agnelo Queiroz devido a denúncias de corrupção e outros crimes.


Roriz deve pedir impugnação da candidatura de Agnelo

Petista é acusado de comandar suposto esquema de desvio de recursos públicos

Priscila Rodrigues

Os advogados da candidata ao Governo do Distrito Federal, Weslian Roriz do PSC, estão reunindo provas para entrar com pedido de impugnação da candidatura de Agnelo Queiroz, da coligação Novo Caminho. Segundo o Coordenador de Assuntos Eleitorais de Weslian, Eládio Carneiro, o petista participou de uma ação na qual ONGs e associações operavam desvios de recursos do Ministério do Esporte em que eram emitidas notas fiscais frias.

O advogado relembra que Michael Alexandre Vieira da Silva, ex-funcionário da ONG Instituto Novo Horizonte, prestou depoimentos na CPI das ONGs, em que denunciou a abertura de empresa de fachada, emissão de notas fiscais, segunda a qual eram simuladas compras de material didático e o serviço não era prestado.

As denúncias contra Agnelo foram veiculadas em programa do horário eleitoral de sua adversária. No programa, exibido nessa terça-feira, o motorista Geraldo Nascimento de Andrade disse ter entregue R$ 256 mil a Agnelo Queiroz, ministro do Esporte na época. A quantia, segundo a testemunha, teria sido desviada do programa Segundo Tempo. De acordo com a revista Época, Geraldo tinha sido preso temporariamente e prestou depoimento à polícia no início do ano, porém seu nome não foi revelado na reportagem. Conforme é relatado no programa, ele teria decidido se identificar porque sofreu ameaças de morte.

A propaganda de Weslian informa que, em maio, a revista Época publicou que a Operação Shaolin, da Polícia Civil do DF, prendeu cinco pessoas e colheu depoimentos sobre o destino de quase R$ 3 milhões repassados pelo Ministério do Esporte a ONGs e a duas associações de Kung Fu de Brasília. O programa revela que as comprovações dos gastos junto ao Ministério teriam sido feitas por meio de notas fiscais falsas.
Conforme o programa político, Geraldo contou à Polícia que foi até Sobradinho e que teria presenciado Agnelo receber uma mochila contendo R$ 256 mil. “O ex-ministro Agnelo despejou o dinheiro no chão do carro, um Honda Civic preto, para conferir os valores”, contou Nascimento. A testemunha afirma que o dinheiro fazia parte dos quase R$ 3 milhões que seriam destinados para financiar material esportivo e atividades para 10 mil jovens carentes da capital federal, por meio do programa Segundo Tempo. “Os milhões foram desviados para compra de casas, academias, carros e gastos na atual campanha política”, disse o motorista na denúncia.

Durante o vídeo, a testemunha fornece o número da conta bancária onde seriam realizados os supostos saques e, também, os nomes de empresas onde, supostamente, ocorria a lavagem de dinheiro.

Depoimento

O programa exibiu, ontem, trechos do depoimento de Geraldo Nascimento na Polícia Civil do DF. “Que por intermédio das empresas INFINITA, JG e HP, Miguel Santos Souza passou a fornecer todas as notas fiscais para a Federação Brasiliense de Kung Fu, Associação João Dias de Kung Fu e para o Instituto Novo Horizonte; que as notas fiscais fornecidas pelas empresas INFINITA, JG e HP eram utilizadas pela Federação Brasiliense de Kung Fu e pelo Instituto Novo Horizonte pela prestação de contas relacionadas ao Programa Segundo Tempo junto ao Ministério dos Esportes; que o declarante destaca que nenhuma das mercadorias e produtos alimentícios descritos nas notas fiscais expedidas pelas empresas INFINITA e HP, foram efetivamente entregues para a Federação Brasiliense de Kung Fu, Associação João Dias de Kung Fu e para o Instituto Novo Horizonte. Saque realizado no dia 7 de agosto de 2007, no valor de R$ 150 mil; que tal saque foi realizado junto a agência nº 100 do BRB, localizada próximo a rodoviária, e efetuou um novo saque no valor de R$ 185 mil, que Miguel também se encontrava presente durante o citado saque, que, desta forma, durante os dias 07 e 08 do mês de agosto de 2007, o declarante sacou R$ 335 mil a pedido de Miguel, que do total de R$ 335 mil, Miguel determinou R$ 256 mil fossem separados a fim de serem entregues para Eduardo Pereira Tomaz, que o resto da quantia sacada ficaria com Miguel. Que se recorda já chegou a entregar dinheiro em espécie para João Dias no Posto Colorado em várias oportunidades, que tal dinheiro era sempre sacado das contas das empresas JG e INFINITA; que o dinheiro entregue para João Dias era a devolução da quantia depositada nas contas das empresas JG e INFINITA por parte da Federação de Kung Fu e Associação João Dias de Kung Fu que antes da efetivação da publicação de reportagem da revista Veja, relacionada a ONG Novo Horizonte, foi realizada uma reunião no escritório da JG na 711 norte com a empresa de Agnelo Queiroz, Miguel Santos Souza, João Dias Ferreira, Sérgio, Fernando e outras pessoas cujo nome o declarante não se recorda”.

Tribuna do Brasil

* Ele já deveria saber que com a "velha raposa" não se brinca. Bem feito!

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