O discurso moralista de Agnelo, adotado durante à campanha, já era. Petistas "graduados" envolvidos com corrupção e outros crimes são os primeiros indicados pelo governador eleito para cargos, já no governo de transição.


O PT e o risco da incoerência

Como tudo na vida, há o lado bom e o lado ruim também na vitória. E o PT começa a sentir na pele esses dois momentos. Conseguiu ser eleito para o governo do Distrito Federal com a bandeira da ética e transparência, e sabe que terá uma grande fiscalização durante os quatro anos do mandato. Mas começa a ser cobrado pelo discurso moralista.

Realmente, é de se estranhar que pouco tempo depois de anunciar que só teria “ficha limpa” em seu governo, Agnelo confirmasse o petista Raimundo Júnior como coordenador da transição. Raimundo não é condenado, mas possui uma lista generosa de complicações com a Justiça. Dentre elas, o mensalão do PT. Ele está, inclusive, inabilitado a assumir cargos públicos por causa de problemas na Secretaria de Trabalho durante o governo do então petista Cristovam Buarque.

Qualquer um se lembra das constantes acusações que o PT costuma fazer contra opositores, se respaldando na bandeira da ética e da moral. Há pouco tempo mesmo, durante a campanha eleitoral, afirmou que o então candidato Joaquim Roriz (PSC) era ficha suja. Agora vem o xis da questão. Assim como Raimundo Júnior, Roriz também não teve a sentença transitada em julgado.

Antes, Roriz era atacado pelos 144 processos que responde na Justiça. Agora Raimundo Júnior é o nome de confiança do PT na transição dos governos e não pode ser crucificado sem uma condenação judicial. E agora, PT? Quem é ficha suja? Os dois ou nenhum? O PT precisa se cuidar para não ficar conhecido como o partido das contradições.

Fonte: O Distrital

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